segunda-feira, 23 de maio de 2016

Revelações sobre bastidores do governo interino reforçam necessidade de nova eleição



A gravação divulgada nesta segunda (23) de conversas do atual ministro do Planejamento, Romero Jucá, só confirmam o que a REDE já havia apontado desde janeiro – que o governo interino de Michel Temer poderia “criar uma aura de que o problema foi resolvido” com o impeachment da presidente Dilma e tentar arrefecer as investigações.

As conversas reveladas hoje dão continuidade ao lamentável episódio iniciado com Delcídio do Amaral, ex-líder do governo Dilma, agora seguido pelo igualmente senador e atual ministro do planejamento, Romero Jucá, e revelam o desejo claro e desesperado de blindar os políticos que estão sendo investigados pela Operação Lava-Jato. Como dissemos, o ponto onde a maior parte de PT, PMDB, PSDB e seus satélites convergem na mesma altura e profundidade, é exatamente no arrefecimento da Lava-Jato.

Assim como no governo Dilma, o tráfico de influência e o abuso do poder econômico e político são temas que prosperam, ainda que os atuais governantes, sem a legitimidade que só uma nova eleição pode trazer, tentem se apresentar como um governo de salvação nacional.

Independente de outros integrantes do governo provisório terem sido citados em distintos momentos nas investigações da Lava-Jato e outros episódios de corrupção, é imprescindível que as revelações de hoje feitas pelo jornal Folha de S.Paulo levem ao afastamento imediato do ministro Romero Jucá e também de outros membros do atual governo que estejam implicados nas investigações da Lava-Jato e outras operações.

A inércia do governo interino diante do cenário que vivemos hoje, em que as denúncias de abuso de poder e tráfico de influências ainda permeiam a condução do país, mostra a necessidade de que o processo de cassação da chapa Dilma-Temer, que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deve ser tratado com urgência.

A REDE entende que PT e PMDB são igualmente responsáveis pelo cenário político-econômico em que vivemos e a única forma de passar o país a limpo é a realização de uma nova eleição – única situação em que a sociedade poderá decidir o que quer repactuar para o seu futuro sem a intermediação dos próprios políticos acusados e investigados por corrupção.

Por fim, a REDE reafirma que a sociedade deve continuar a dar total apoio às operações realizadas pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal. As investigações apontam, desde o início, que PT, PMDB e outros partidos da base do governo – tanto no governo Dilma, como no governo Temer – estão igualmente envolvidos nos casos de corrupção que a Lava-Jato tem desvendado e a sociedade não permitirá que o curso das investigações seja alterado por nenhum governo.

Comissão Executiva Nacional

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